Na última quinta feira (25) chegou aos cinemas do país House Of Gucci (ou Casa Gucci, traduzido), novo filme de Ridley Scott com Lady Gaga, Adam Driver e grande elenco.

O longa, baseado em fatos reais, conta a história do assassinato de Maurizio Gucci, filho de Rodolfo Gucci e herdeiro do império italiano, pelas mãos de Patrízia Reggiani. Uma história de luxo, quase amor e brigas familiares.

Em mais de duas horas e meia de filme, conhecemos a história de amor de Patrizia e Maurízio e os desentendimentos que levam ao divórcio turbulento, tudo isso cercado de muito luxo e riqueza.

A premissa é boa, mas a falta de agilidade e de nuances mais interessantes da história tornam o filme quase entendiante, não fosse a presença de grandes nomes que facilmente ganham o carisma do público.

Lady Gaga é um dos pontos fortes do filme pelo seu carisma, mas não é uma excelente atriz e a falta do apelo musical (grande responsável pelo brilho de Gaga em “A Star Is Born“) torna a personagem menos interessante para os fãs e pra quem assiste – semelhante aos casos de outras cantoras que apostaram no cinema.

Adam Driver se esforça, mas Maurizio Gucci é um personagem extremamente sem graça, o roteiro torna as motivações do personagem rasas e não se justificam, não convence o público e não gera empatia pelo assassinato.

O trio formado por Jared Leto, Jeremy Irons e Al Pacino é mais um ponto forte no filme, os dilemas e intrigas familiares são muito mais interessantes do que as brigas de casal e são o verdadeiro motivo da queda da disnatia Gucci, destaque para Jared Leto que está irreconhecível no papel de Paolo

Outro destaque é Salma Hayek que faz a personagem Pina, amiga de Patrizia envolvida na encomenda do assassinato de Maurizio Gucci. A química entre Salma e Gaga foi bem aproveitada e os diálogos construídos são interessantes, Salma consegue construir uma cartomante não caricata e podia ter sido melhor aproveitada.

Falando em melhor aproveitado, Jack Houston é uma grande interrogação no filme, o ator interpreta Domenico de Sole, responsável por assumir o comando da grife após a queda da família, o personagem é uma peça chave na história mas fez uma figuração de luxo durante todo o filme, uma pena.

Conclusão, o filme é longo demais pra um roteiro que explora poucas coisas interessantes e essa falta de agilidade no roteiro deixa o filme um pouco perdido, quase sem rumo.

Os sotaques também não ajudam, em determinado momento parece que cada personagem está fazendo um sotaque diferente, o que só prejudica mais a conexão do público e a credibilidade da história.

Pra quem espera um drama ou filme policial, vai se decepcionar porque o filme explora muito pouco dos gêneros e é lento, mas pra quem quer conhecer mais a história da grife e curte um projeto com grandes nomes vale a espiada.

Nota: 6/10