No último sábado, 10 de dezembro, o grupo Rouge foi a atração principal da edição de aniversário da festa Chá da Alice no Qualistage, no Rio de Janeiro. O quinteto mostrou que está em forma depois de um hiato de 4 anos e se apresentou por mais duas horas, animando um público nostálgico com hits e muitas músicas queridas pelos fãs. Entre baladas românticas, improvisos e muita coreografia, Li Martins, Karin Hils, Lu Andrade, Aline Wirley e Fantine Thó mostraram que o grupo ainda tem muita lenha para queimar.

Foto: LS Avlis

O fogo gerado pelo quinteto foi mais do que o suficiente para lotar o Qualistage. A casa de eventos lidou com uma fila do lado de fora nas horas que antecederam a festa, assim como filas internas na retirada dos ingressos. Ainda assim, os grandes fãs saíram privilegiados, podendo entrar antecipadamente no espaço (cerca de 3 horas antes do grande público) para conferir os ensaios e ter um breve momento com suas ídolas.

Abertura do show com “Blá Blá Blá” / Foto: LS Avlis

O show começou por volta das duas horas da manhã, com muita pressão do público pela demora. Se os avisos de segurança da casa foram antecipados por vaias de fãs ansiosos, a abertura emotiva conseguiu levantar o público que cantou “Blá Blá Blá” em alto e bom som. A emoção do retorno e a proximidade com os fãs proporcionada pelo espaço foram o suficiente para levar os mais emocionados às lágrimas.

Li Martins / Foto: LS Avlis

A proximidade parece ser um dos objetivos desse retorno: no show, saem de cena os elevadores e escadas grandiosas das turnês de 2017 e 2018, dando lugar à apenas um luminoso formando a palavra “ROUGE” sobre o telão que mostra imagens abstratas. O balé é formado por poucos bailarinos que participam em momentos específicos, enquanto as vocalistas focam na sintonia vocal, um grande trunfo do quinteto.

Aline Wirley, Lu Andrade e Karin Hils / Foto: LS Avlis

No primeiro momento do show elas intercalam hits do início dos anos 2000 com músicas do seu último retorno, como “Solo Tu” e “Te Ligo Depois”. O ponto alto do show é o set acústico, quando o luminoso deixa o palco e as cinco se sentam em poltronas azuis para cantar as favoritas dos fãs. Com Fantine no violão, elas cantaram “Delírios”, “O amor é ilusão”, “Deve ser amor” e outras músicas que não são hits instantâneos, mas são sucessos para o público nostálgico que lotou a casa.

Aline Wirley / Foto: LS Avlis

Os grandes hits dançantes formam o encerramento do show. Os bailarinos e as coreografias voltam para acompanhá-las nos grandes hits: “Popstar”, “Beijo Molhado”, “Fabulosa” e “Brilha La Luna” animaram os fãs que as acompanharam na coreografia do encerramento com “Ragatanga” – um verdadeiro flashmob.

Grupo Rouge durante apresentação no Qualistage / Foto: LS Avlis

Mesmo com desencontros de figurino, troca de letras e um cansaço vocal notável na parte final, o show mostra a força do retorno do grupo. O quinteto se mostrou mais maduro e pronto para lidar com as suas diferenças (até mesmo quando o público resolve entoar gritos políticos). A estrutura mais simples e enxuta, assim como a setlist focando nas favoritas dos fãs mostram como elas conhecem o seu público e sabem o que é preciso para cativá-lo. Caso o equilíbrio de todos os pontos envolvidos não se desfaça, o retorno do grupo pode ser ainda mais duradouro.