Como nem tudo são flores, vamos falar dos shows ruins também! O peso do tempo, a falta de identificação, a falta de estrutura e outros fatores afetaram negativamente alguns dos shows do festival. Vamos hablar?
6. Megan Thee Stallion
A rapper americana começou o show belissima, mas logo se atrapalhou com o figurino; chamou vários fãs para dançar no palco, mas virou um meet & great bagunçado de quase meia hora; trouxe hits que o público não conhecia e uma estrutura clássica de show de rap, que precisava de muito mais energia para fazer sentido dentro do festival. Uma pena.
5. Guns & Roses
A banda de Axl Rose era atração principal do início do segundo final de semana do festival e foi uma decepção para os fãs que esperaram por quase 10 horas para vê-lo. Um show longo demais e muito esforço do vocalista para chegar perto do que um dia ja foi – o tempo passa, esta tudo bem! Está na hora de renovar os instrumentais e deixar o show mais confortável para Axl (e pra quem assiste)
4. Bala Desejo
A banda formada por Julia Mestre, Dora, Zé e Lucas busca regastar o charme excentrico dos anos 70, mas soa tão aleatória dentro do festival – o fato do público não conhecer e não entender o que está acontecendo só deixa a performance ainda mais estranha. O álbum “Sim, Sim, Sim” é um grande disco de música brasileira e merece a ouvida, mas uma banda que começou agora tendo tanto espaço dentro do festival precisava entregar muito mais pra fazer sentido.
3. Rita Ora
Ainda estou tentando entender a escolha de Rita Ora para o Palco Mundo, a britanica não tem nenhum sinal de hit recente e poderia ter entregue um show lindo dentro do Palco Sunset, mas entrou no palco depois de Ivete Sangalo e a diferença de energia foi gritante, a cantora ainda se deu mais um desafio convidando Pabllo Vittar para cantar o hit “Amor de Que” – e a drag fez mais pelo público em 2 minutos do que Rita o show inteiro. Complicado
2. Billy Idol
Uma lenda do rock, Billy Idol tem hits que atravessam gerações, mas é visivel que o cansaço bateu e ser colocado em um dia com bandas tão energéticas não foi nada bom pra ele. O cantor não consegue mais cantar os maiores hits, é atrapalhado pela própria banda e tirar a camisa definitivamente não causa a mesma comoção de antes, mais um que precisa reformular o show e celebrar o legado de maneira mais confortável.
1 – 1985: A Homenagem
A intenção era das melhores: celebrar a primeira edição do festival e quem faz parte da história do Rock In Rio, incluindo novos nomes, mas deu tudo errado. As parcerias não fizeram o menor sentido (Xamã e Ivan Lins, que?), as performances foram corridas e a troca de artistas foi uma grande bagunça – não parecia nem ensaiado porque qualquer um que visse o line up e a ordem dos artistas diria que não fazia o menor sentido. Um salve para Alceu Valença que levantou a Cidade do Rock com o melhor da música nordestina depois do desastre que foi Ivan Lins e Xamã (só pra depois a Liniker jogar a energia la embaixo com o classudo Baby 95), uma pena.
BÔNUS: Jota Quest
A banda de Rogério Flausino comemorou 25 anos de carreira abrindo o Palco Mundo do Rock In Rio e entregou um show morno, sem nenhuma novidade, pouco carisma e mensagem batida. Os sucessos quase fazem o show valer a pena, mas diante de tantos grandes nomes a gente se questiona se era mesmo a melhor opção.
Ouça o nosso episodio especial do Rock In Rio: